Denunciado por assédio sexual, presidente do Indea permanece no cargo

Mato Grosso

14/01/2021 às 07:49

O presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), Marcos Catão, de 49 anos, permanece no cargo após a denúncia de assédio sexual que teria supostamente cometido contra uma funcionária dele, em novembro de 2020.

Questionada, a assessoria de imprensa do governo estadual se limita a dizer que “o governo de Mato Grosso vai abrir investigação para apurar o caso”.

O G1 entrou em contato com a assessoria do Indea, que não atendeu os telefonemas nem retornou o contato.

A primeira-dama de Mato Grosso, Virgínia Mendes, fez uma postagem nesta quarta-feira (13) nas redes sociais dizendo que pediu ao governador Mauro Mendes para que tomasse as devidas providências.

“Assim que tomei conhecimento em relação à denúncia de assédio sexual sofrida por uma jovem, ex-servidora do Indea-MT, por parte do presidente do órgão, imediatamente solicitei ao governador Mauro Mendes que tomasse as devidas providências em relação ao caso”, diz ela na postagem.

Ela diz ainda que repudia todo e qualquer tipo de violência, principalmente em decorrência de gênero, e não compactuará com qualquer forma de assédio ou abuso contra a mulher.

“Reafirmo o meu compromisso na defesa dos direitos das mulheres e ressalto que este tipo de conduta não condiz com os valores e princípios do nossa gestão, que preza pelo respeito às mulheres. É preciso que todos atuem no combate à violência contra mulher. Só assim teremos uma sociedade onde homens e mulheres serão realmente tratados de forma igual e com direitos respeitados”, disse a primeira-dama.

O caso

A vítima, de 19 anos, hoje ex-servidora do estado, atuou como assessora do presidente por sete meses. Um boletim de ocorrência foi registrado no dia 16 de novembro na Polícia Civil de Cuiabá, que investiga o caso.

De acordo com a vítima, ela era responsável por auxiliar o presidente, servir café e outras atividades da função dela.

No dia 12 de novembro, a ex-assessora relatou que entrou na sala do presidente para repor garrafas de água e que passou a ser assediada. Catão teria dito que ‘ela não precisava ficar de máscara na sala’.

Em seguida ele teria massageado o órgão sexual dele sobre a calça, olhando para a vítima.

A jovem relatou, em depoimento, que ficou em choque, mas mesmo assim trabalhou no dia seguinte. Ela decidiu contar sobre o episódio à família dela, que a aconselhou a pedir desligamento do Indea e registrar boletim de ocorrência.

A exoneração da servidora foi feita no dia 16 de novembro e publicada no dia 24 de novembro no Diário Oficial do Estado (DOE).

Fonte: G1


Fotos da notícias

Veja mais

DEIXA UM COMENTÁRIO Clique aqui

Teu email não será publicado.

O CAPTCHA abaixo oferece proteção contra entradas digitais remotas garantindo que somente um ser humano possa registrar manifestações. Clique na opção abaixo "Não sou um robô" para que seja feito o teste de segurança via áudio ou imagem

Enviar comentário