Empresária tem pulmão perfurado durante acupuntura no Nortão

Geral

14/10/2021 às 07:19

A empresária Jessika Aldrey Germiniani, 26 anos, teve o pulmão perfurado durante uma sessão de acupuntura na segunda-feira (11), em Sorriso (420 km da Capital), onde foi parar no hospital com falta de ar, dores e submetida à cirurgia de emergência.

Agora se recupera, sem previsão de alta, com um dreno no pulmão até dissipar todo o ar do órgão. Em seguida, será necessário sessões de fisioterapia.

Sobre o fato, Jessika explicou que procurou a massoterapeuta, pois, estava com dores no pescoço. A profissional, que atende em casa, insistiu que a ‘cliente’ deveria passar por uma sessão de acupuntura nas costas para aliviar a dor.

Durante o procedimento, segundo a empresária, ela sentiu muita dor, mas a profissional disse que era ‘normal’. No fim da sessão foi liberada, porém, logo começou a sentir falta de ar.
 
Em casa disse ter tentado deitar, mas a ‘falta de ar’ piorou. Jessika chegou a ligar para outra massoterapeuta, uma que já a atendeu anteriormente, e relatou o que estava sentindo.
A especialista cogitou, mesmo que pouco provável, que ela poderia ter sofrido perfuração no pulmão.

Com a possibilidade ligou para a profissional que fez o procedimento. Essa não teria sido muito clara sobre quantos centímetros entrou com a agulha nas costas da cliente e ainda teria falado que ‘era coisa da cabeça dela’.

A empresária seguiu para o hospital, onde passou por um exame de tomografia que apontou a lesão no pulmão. Segundo o médico, se a vítima esperasse o outro dia para ir ao hospital poderia ter morrido.

"Fiquei apavorada. No momento que saí da tomografia, vi o médico vindo na minha direção com uma expressão no rosto de que não daria boas notícias. Foi uma situação extremamente delicada. Ele [médico] disse que um dia a mais em casa teria sido fatal. Eu iria morrer em casa sem ninguém saber o que estava acontecendo", relatou Jessika ao G1.

Após o exame foi encaminhada à cirurgia e agora se recupera com o dreno no pulmão ainda sem saber quando terá alta médica e poderá voltar à rotina normal.

"Fiquei apavorada quando o médico falou que eu precisava de uma cirurgia de emergência. Comecei chorar, entrei em choque. Tenho um filho de 5 anos que hoje poderia estar sem mãe. O médico disse que ganhei uma nova vida", disse.

A empresária não relatou se pretende processar a profissional ou as medidas jurídicas que pretende tomar quanto ao caso.

Sobre o procedimento, desde 2013 a Justiça determina desde que somente médicos apliquem a técnica, que é reconhecida pela eficácia, mas se realizada de forma incorreta pode ocasionar fatos graves com esse.

Conselhos Federais de Psicologia (CFP), Farmácia (CFF) e Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito) tentaram reverter decisão, no entanto, não tiveram sucesso.

(Com informações do G1)

Fonte: Reporter MT


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